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13.1.17

[Resenha] Revolta em Nova York :: Matthew J. Kirby

Revolta em Nova York -Assassin's Creed: Last Descendants #1
Autor: Matthew J. Kirby
Editora: Galera Record
Páginas: 252
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Assassin’s Creed está de volta com uma novíssima história da antiga guerra entre Assassinos e Templários, dessa vez nos dias de hoje. O jovem Owen finalmente tem a chance de limpar a honra do pai, que morreu na prisão, acusado de um crime que o garoto tem certeza de que ele não cometeu. Por meio do Animus, máquina que permite quem a usa viver as memórias dos seus antepassados, o lendário Tridente do Éden é revelado. Duas organizações secretas, a Irmandade dos Assassinos e a Ordem dos Templários, estão em guerra há séculos e não irão descansar enquanto não tiverem esse artefato sob seu poder. Logo, Owen percebe que a única forma de permanecer a salvo é encontrando o Tridente antes de todos. Ele e outros jovens partem numa jornada dentro de uma memória que dividem, em seu DNA: a Nova York de 1863, em meio aos motins que tomaram a cidade naquela época. O grupo será testado pela violência das pessoas em meio à revolta, e tudo sem poder interferir nas injustiças e crueldades que presenciam. Afinal, o passado já está escrito. O que nenhum deles sabe é que sua experiência com o passado terá grandes implicações no presente. E aqui que o futuro é incerto. Tudo pode acontecer.
O pai de Owen foi preso após assaltar um banco e morreu de apendicite na prisão. Por isso, Owen se mudou para a casa dos avós com a sua mãe, onde precisa conviver com a pressão, pois seus familiares não querem que ele fique ''igual ao pai''. Ele deseja provar a inocência paterna, por isso pede ajuda ao Monroe, que cuida da informática de sua escola, para que ele possa usar o Animus - aparelho que permite que você reviva memórias de seus antepassados usando apenas seu DNA- para descobrir o que se passava na cabeça de seu pai na noite do assalto.

''O informante não tinha sido suficientemente discreto. Alguns quarteirões depois, perto de um beco, o Assassino agiu... o clarão de uma lâmina oculta, um golpe rápido e silencioso...''
Mas não conseguiu acessar essas informações, já que o DNA só reserva as memórias de seus antepassados antes do indivíduo nascer. Frustrado, ele e seu amigo Javier descobrem que possuem antepassados presentes no mesmo evento, e realizam Concordância de Memórias Genéticas, onde eles irão estar no corpo do antepassado, porém não podem falar ou tomar decisões, apenas escutar e seguir o fluxo da sincronização, ou esse sistema da erro.
''Mas agora ele sumiu. E está com o nosso DNA, junto com o de um apunhado de outros alunos''

Depois dessa experiência, Monroe descobre que tanto Javier quanto Owen possuem antepassados presentes em Nova York, no ano de 1863, quando estava acontecendo o alistamento para a Guerra Civil.  Insere os dois em um grupo criado por si mesmo, composto por pessoas que também possuem essa época no DNA. O objetivo é unir todos para uma conexão no Animus, onde eles irão procurar pelo Pedaço do Eden, uma relíquia poderosa que está sendo desejada por duas organizações inimigas: A ordem dos Templários e A Irmandade dos Assassinos, ambos querem governar de seu próprio jeito, e esse objeto seria valioso para suas vontades.

Todos desse grupo concordam em fazer essa experiência, onde irão reviver as memórias de seus antepassados, que eram Templários, Assassinos, e alguns eram os dois. Mas será difícil se manter na sincronização, com tanto tumulto acontecendo, e tanta injustiça. Em uma obra em que o bem e o mal se confundem, até onde eles estarão relacionados com seus antepassados? Eles não imaginam o quanto isso irá mudar suas vidas e percepções.

''Achou que Javier entenderia. Eram amigos desde a terceira série, quando a vida de Owen foi para o inferno. Era verdade que fazia um tempo que os dois não estavam próximos, desde o ensino fundamental e o início do médio, mas Owen ainda pensava que podia contar com Javier''
Quando solicitei esse livro para a editora, logo depois fiquei com aquele pressentimento de ''Nunca joguei Assassin's Creed, então qual o motivo de eu ler um livro desse?'' E depois de concluir a leitura, estou até agora maravilhada com o universo maravilhoso apresentado nessa obra e presente nos jogos. Com certeza os fãs de AC irão gostar, e os leigos no assunto, assim como eu era, irão se adaptar fácil. 

Todo o universo é bem explorado e explicado. Temos personagens secundários (Sean, David, Natalya e Grace) que foram aprofundados, pois o autor também conseguiu focar em suas experiências no Animus e em suas vidas normais. Conheceremos cada um, confesso que consegui me conectar mais com o antepassado deles, por terem sido mostrados em partes maiores, porém ambos são apaixonantes e possuem peculiaridades. 
''- O alistamento tumultuou a cidade''
Eu adorei a forma perfeita com que os antepassados se uniram, sendo alguns inimigos, familiares e outros amigos. Tem essa divisão entre Assassinos e Templários, que tornou tudo mais interessante, pois conseguimos ver as diferentes estratégias do governo de cada um. Em alguns momentos os personagens não aceitavam que algo estava acontecendo e desejavam seguir outro rumo, mas isso é impossível, eles precisam seguir seus antepassados, concordando com suas decisões ou não.
''Todos os homens fizeram carrancas, e um deles zombou dela. Grace sentiu a simulação rejeitando-a, como se fosse empurrada para fora de um trem de metrô enquanto o mundo passa num borrão. Olhou para David. Seus olhos arregalados imploravam que ela fizesse alguma coisa, que dissesse alguma coisa, mas tinha de ser a coisa certa''
Será mostrado o preconceito, como quando Grace percebe que todos seus antepassados eram empregados, e sente o racismo. Veremos Owen lutando para fazer justiça pelo pai, que já está morto, o que parece meio maluco, querer defender alguém que já se foi, mas entendo o lado dele. 
''- Você é decidida e corajosa. Daria orgulho ao nome da sua avó''



Eu adorei a escrita do autor, ele narra com força de vontade e de maneira rápida, a construção que ele faz nas cenas me deixaram sem fôlego, tive que reler várias partes, pois estava viajando em algum mundo paralelo. Matthew é muito talentoso, conseguiu criar algo tão bom que parecia real. O universo desse jogo é rico e tem muito a ser explorado, e sinto que Matthew incorporou todos os medos e virtudes dos personagens para os colocar em uma bela estória. 

Os que já conhecem esse jogo ficarão encantados com os rumos que a estória vai tomar. O final é revelador e me fez estar aguardando ansiosamente o próximo volume. O livro é cheio de ação e adrenalina, assim como o jogo deve ser, para agradar a todos. Indico para qualquer idade, uma ótima leitura para passar a tarde em outro universo.

- Parece que, se o senhor vai culpar a vítima pelo crime, também seria capaz de culpar o termômetro por esse calor terrível, o que é uma posição cívica muito curiosa para um policial.
Gostei da edição. Não consegui encontrar erros de revisão (pode até ter alguns erros, mas passaram em branco, já que eu li tão rápido) A capa ficou linda. A diagramação da Record me agrada bastante, de modo que as páginas passam voando, sem o leitor perceber. Um dos meus novos xodós, vou sempre estar relendo para me livrar daquelas ressacas literárias. 

comentários pelo facebook:

Um comentário

  1. Olá! Assassins Creed agora deve despertar a atenção de vários leitores. Eu acho digno, visto que adoto a mitologia da saga de games. Ainda não adquiri o meu Revolta em NY mas está na minha whishlist ♥

    Beijos Joi Cardoso

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