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21.6.15

[Resenha] Cemitério de Dragões :: Raphael Draccon

Cemitérios de Dragões - Legado Ranger #1
Autora: Raphael Draccon
Editora: Rocco
Páginas: 352
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Em diferentes pontos do planeta Terra, cinco pessoas com histórias e origens completamente distintas desaparecem por motivos variados e acordam numa outra realidade. Em meio a guerras envolvendo demônios, dragões, homens-leão, seres fantásticos e metal vivo, os cinco precisam compreender os motivos de estarem ali e combater um mal que talvez não possa ser impedido. Este é o mote de Cemitérios de dragões, o novo romance de Raphael Draccon, que marca a estreia do selo Fantástica. No livro, o autor de Dragões de Éter apresenta uma versão moderna e adulta de um universo inspirado por séries queridas por toda uma geração como Jaspion, Changeman, Flashman, Black Kamen Rider e Power Rangers.
Derek, um soldado americano se vê preso em um mina, que claramente não fica em seu mundo, ao lado de anões, gigantes e seres pálidos, sendo observado e punido por seres dracônianos que costumam ser bem cruéis. Mas com o passar dos dias, ele nota uma rotina, e percebe mais uma coisa, se ele não sair logo dali irá morrer, assim um plano de fuga, guiado por instintos primitivos de sobrevivência, começa a se formar.


No furor da fuga, a qual todos os prisioneiros se juntaram, Derek ouve sons compreensíveis e ao segui-los se depara com Amber, uma jovem irlandesa, que também está presa ali, ela está machucada, cansada e desconfiada porém nada disso a impede e juntos eles saem das minas dracônicas para a chuva.  
- Ei você! Seja você quem for, nem pense em me deixar aqui, está me escutando? 

Ashanti todos os dias treina com os monges, com aqueles fantásticos e gentis guerreiros, tão crentes de sua missão, cenário bem diferente do que ela encontrava em sua antiga casa, bem diferente do que ela passou nas mãos de sua tribo africana, mesmo ela tendo os provado ser boa e inteligente, e foi exatamente essas duas coisas que fizeram o príncipe Rögga ter certeza que de ela é a escolhida para cuidar de Mihos, a dádiva que irá derrotar demônios no dia da Serpente. 
- É assim que você encara isso? Alguém lhe diz que talvez seu destino seja proteger uma pessoa que não conhece e comandar um bando de monges que rezam a deuses-leões contra hordas de demônios, e você simplesmente responde que viver é assumir responsabilidades?

Romain não acredita que irá morrer por causa de uma galinha idiota, na verdade ele ainda não acredita que foi parar ali, como você passa de dublê praticador de parkour para prisioneiro condenado à forca? Mas ele não desiste, não é do seu feitio e quando ele vê outro ser humano entre a multidão que o cerca, Romain dá um jeito de o notarem e assim Daniel acaba sendo condenado como seu suposto cúmplice. De um crime que nunca ocorreu.
- Essa é a sua maneira de pedir desculpas?
- Pensei que os brasileiros fossem conhecidos pela cordialidade.
- Já você faz jus ao que eu pensava dos farnceses.
Em um momento inusitado, os dois começaram a rir.

Cinco humanos, em diferentes partes deste suposto planeta, seguindo três caminhos distintos que acabam por se entrelaçar em uma única missão. Sobreviver.


De forma fluída, sendo narrado em terceira pessoa, com capítulos alternados entre as cinco personagens vemos a história se desenrolar de maneira incrível. Vemos como Derek e Amber por fim começam a interagir e descobrir o que é aquele lugar e por que ele parece ser regido por demônios. Vemos Ashanti se envolver com Mihos e tentar explicar seu mundo, sua realidade a um homem que nunca viu nada além do que lhe foi permitido e por fim partir em sua busca por ajuda para um luta que ela sabe que perderão sozinhos. E vemos a amizade estranha que se formou entre Romain e Daniel evoluir e se transformar enquanto eles tentam cumprir acordos que fizeram para se manterem vivos.

Todos os cinco de alguma forma me cativaram mas devo admitir que a dupla dinâmica, Romain e Daniel, se tornou minha preferida, eles são hilários e seu senso de humor foi muito bem vindo em um mundo onde tudo parece convergir para a dor. 

Eu me pergunto, sempre, como falar de seu escritor favorito sem ser totalmente parcial?! Não é fácil, de maneira alguma fazer isso, mas tentarei pelo menos mostrar o porque de eu ter escolhido Draccon para representar meu gosto literário, pois bem sabemos o quão difícil é para um leitor escolher um único autor.   

Neste livro, o último escrito por ele, pois temos ainda Dragões de Éter - que é maravilhoso - , Espíritos de Gelo e Fios de Prata - amo demais esse livro - , fazemos uma viagem no tempo, de verdade, eu me senti uma criança novamente, uma criança que se encanta com Power Rangers e Caverna do Dragão e Thundercats e muitos outros. 
Havia nascido o primeiro caçador de dracônicos.
Havia nascido o dragão escarlate.
Havia nascido o ranger vermelho.

Como é característico dele, Raphael faz muitas referências e não elas não são de forma alguma prejudiciais a estória, é incrível como ele consegue citar algo que você claramente pode identificar e ao mesmo tempo transformar isso de um jeito impossível de ser taxado como cópia, é como ver a evolução de um Pokemón, o antigo ainda está lá porém o novo é mais legal.

Eu recomendo este livro porque ele é incrível, e eu acho que já disse isso, mas também porque ele nos transporta para algo memorável no qual trezentas e poucas páginas passam voando e não te saciam. Se você gosta de jogos de vídeo game, desenhos das antigas e muitas doses nerds leiam esse livro cheio de ação e com uma batalha final épica! E para aqueles que já conhecem e leram todos os outros do Draccon não percam tempo, e mais um coisa, ao leem este livro prestem atenção, pode ter sido só eu, mas eu acho que ele ligou seus livros.

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