Autora: J.D. Robb
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 350
Eve Dallas é tenente da polícia de Nova York e está caçando um assassino cruel. Em mais de dez anos na força policial ela já viu de tudo e sabe que a própria sobrevivência depende de seus instintos. Eve avança contra todos os avisos que lhe dão para não se envolver com Roarke, bilionário irlandês, o principal suspeito de um dos casos de assassinato que ela está investigando. A paixão e a sedução, porém, possuem regras próprias, e depende de Eve assumir um risco nos braços de um homem sobre o qual ela nada sabe, a não ser a necessidade de sentir o toque dele, que se transformou em um vício para ela.
“Nudez Mortal” é o primeiro livro de uma série policial futurística escrita pela famosa Nora Roberts, sob o pseudônimo de J. D. Robb.
O ano é 2058 e o cenário é Nova York. Com a tecnologia avançada, as armas tornaram-se item de colecionadores e o cotidiano é abençoado com a praticidade de invenções como o “auto chef” uma máquina que prepara as refeições e carros inteligentes, que dispensam o motorista humano. Apesar da modernidade, observamos que esses aparelhos possuem falhas (principalmente aqueles utilizados pela polícia, como os carros). Alguns itens como, por exemplo, o café, são raridades e normalmente utiliza-se uma versão sintética ou de baixa qualidade.
A protagonista da série é Eve Dallas, uma mulher na faixa dos 30 anos de idade e que atua como policial há quase uma década. Eve é marcada por um passado obscuro, que ainda lhe rende pesadelos e um senso de justiça implacável, fazendo com que mergulhe de cabeça em suas investigações.
Em 2058 a prostituição é uma atividade legalizada e até mesmo cobiçada por jovens que almejam uma boa vida. É em Broadway, local conhecido como “calçada das prostitutas” que um assassino violento dá início a uma onda de terror.
Eve é chamada para trabalhar em um caso código 5, ou seja, um caso sigiloso em que ela deve se reportar diretamente ao seu comandante, o Whitney. A cena do crime é hedionda. Uma jovem é colocada em uma pose altamente sexualizada, fazendo referência a sua profissão. Porém, o mais assustador é o bilhete indicando que novas vítimas irão surgir...
A vítima é Sharon DeBlass, a neta de um Senador americano que prega a moral e os bons costumes e que tenta controlar a investigação a todo custo.
Eve se vê entre a política e as evidências que vão surgindo. Afinal de contas, tudo indica que os assassinatos possuem um complexo motivo.
Durante a investigação, um nome continua surgindo inúmeras vezes: Roarke. Roarke é um colecionador de artes e antiguidades; proprietário de inúmeros negócios e propriedades. É um rosto mundialmente conhecido e seu nome abre praticamente todas as portas existentes.
Roarke é extremamente carismático. Ele é misterioso e observamos um lado mais selvagem, do tipo bad boy. Pelas descrições, Roarke é bonito, inteligente, uma das pessoas mais ricas do planeta e totalmente sedutor, ou seja, impossível de se resistir.
O livro mescla a investigação policial com a vida pessoal da protagonista. Nós conhecemos sua melhor amiga Mavis Freestone, um espírito livre cheio de personalidade e Nadine, uma repórter em ascensão com um código de honra. Temos também outros personagens que vão se destacando no desenvolver do enredo, como Summerset, o mordomo de Roarke e Ryan Feeney, o colega de trabalho de Eve.
Um dos pontos altos da trama é o fato da autora explorar a condição humana. Observamos que não importa o quanto evoluímos tecnologicamente ou o que temos a nossa disposição. O indivíduo possui uma crueldade inata escondida embaixo de um manto de moralidade.
“A morte raramente uma experiência tranquila ou religiosa, na opinião de Eve. Era apenas o fim sórdido, indiferente aos santos ou pecadores.” (p. 12)
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