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3.7.15

[Resenha] Sr. Daniels :: Brittainy C. Cherry

Sr. Daniels
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Galera Record
Páginas: 322
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Depois de perder a irmã gêmea para a leucemia, Ashlyn Jennings vê sua vida mudar completamente. Além de ter de aprender a conviver sem parte de si mesma, ela precisa se adaptar a uma nova rotina. Enviada pela mãe para a casa do pai, com quem mal conviveu até então, ela viaja de trem para Edgewood, Wisconsin, carregando poucos pertences, muitas lembranças e uma caixa misteriosa deixada pela irmã. Na estação de trem Ashlyn conhece o músico Daniel, um rapaz lindo e gentil, e a atração é imediata. Os dois compartilham não só o amor pela música e por William Shakespeare mas também a dor provocada por perdas irreparáveis. Ao sentir-se esperançosa quanto a sua nova vida, Ashlyn começa o ano letivo na escola onde o pai é diretor. E não consegue acreditar quando descobre, no primeiro dia de aula, que Daniel, o belo músico de olhos azuis com quem já está completamente envolvida, é o Sr. Daniels, seu professor de inglês. Desorientados, eles precisam manter seu amor em segredo, e são forçados a se ver como dois desconhecidos na escola. E, como se isso já não fosse difícil o bastante, eles ainda precisam tentar de todas as formas superar os antigos problemas e sobreviver a novos e inesperados conflitos.
- Eu não disse que seria fácil. Só disse para ir em frente. Além do mais, as melhores coisas da vida não são fáceis. Elas são difíceis, são cruas e dolorosas. Isso torna a chegada ao destino final muito mais interessante.
Ashlyn Jennings sente que seu mundo está desmoronando, pois depois de perder sua irmã gêmea para a leucemia ela pensa que nada pode piorar, afinal ela já perdeu metade de si, ela perdeu a alegria de seus dias, ela perdeu sua fiel companheira e ela não imagina como será ter que se acostumar a um mundo sem Gaby, sem alguém completando suas frases, sem alguém cantando para ela nos dias frios e tristes, sem sua coautora.

Porém as coisas conseguem se tornarem ainda mais dolorosas... Bentley - o namorado de sua irmã -, tem algo para lhe entregar, uma caixa fechada de madeira onde sua irmã lhe deixou dezenas de cartas, junto com uma lista de coisas a serem feitas antes de morrer, Ashlyn sabe que tem coisas ali que são mais a cara da irmã do que dela, mas ainda sim ela sente que deve fazer, e isso acaba com ela, afinal era sua irmã que deveria realizar e arrastar ela junto para tais eventos, ela não deveria ter que riscar os itens da lista sozinha, porém o pior de tudo é Henry - seu pai até então nunca presente - aparecer do nada como se importasse e lhe dizer que ela irá morar com ele por um tempo em Edgewood, Wisconsin, pois está sendo muito difícil para a mãe dela - claro que está, elas perderam a Gaby e deveriam passar pelo luto juntas, deveriam se consolar e se aninhar debaixo do cobertor para chorar, elas deveriam se apoiar... ela sabe que deve ser difícil olhar para ela, afinal ela é a cara da irmã, mas mesmo assim... Ela perdeu o centro do seu mundo e logo em seguida foi abandonada pela pessoa que deveria amá-la.
Vou começar dizendo que eu te amo. Você é o meu primeiro e melhor amor. Sim, eu entendo que essas cartas podem parecer um pouco mórbidas, mas Carpem Diem, certo?
Daniel tem que continuar correndo, correndo, tocando em sua banda, não pensando no quanto ele se sente sozinho, só assim ele vai continuar em frente, só assim ele não vai desmoronar e desistir dessa merda de vida logo. Ele não entende como a morte parece rondá-lo, sempre. Primeiro foi a Sarah, depois o irmão tendo sempre que ser salvo por ele e então ano passado a mãe sendo assassinada diante de seus olhos, morrendo em seus braços, ouvindo o choro agudo do pai que ele sabe que também não tem muito tempo, então a prisão do irmão e agora isso. Faz uma semana que seu pai morreu e ele ainda age como se ele estivesse ali, porque se permitir perceber que ele não está mais presente é muito doloroso.
- Coisas terríveis aconteceram na minha vida. E eu venho percebendo que se não dizemos o que precisamos dizer quando temos a chance, acabamos nos arrependendo depois. Mesmo se estiver zangada, diga. Grite para o mundo, enquanto ainda tem uma chance. Porque uma vez que a vida passa, essa oportunidade não volta. E as palavras não ditas se perdem para sempre. 
Por isso quando ele está voltando da casa da avó para Edgewood, Wisconsin, ele se sente surpreso e grato pelo olhar da garota loira que passou duas vezes por ele. Ela é linda, do tipo que faz todos os homens a olharem, mas ela não parece perceber isso ou se importar, e seus olhos mostram uma tristeza tão profunda quanto a dele, seu singelo sorriso tem traços de tragicidade que ele deseja poder apagar. 

É esse desejo que o impulsiona a conversar com ela quando ambos descem na mesma estação, só pode ser o destino não? Ambos descerem na mesma estação, ambos terem feridas profundas, ambos gostarem de Shakespeare. Ele tem que vê-la de novo. Ele a chama para ver sua banda tocar no bar do Joe. Ele precisa que ela aceite.

Eles só não contavam que com o início das aulas, Daniel se revelaria o professor de inglês que Henry garantiu que ela adoraria e que Ashlyn cruzaria com ele nos corredores da escola provando que a vida nem sempre é fácil, e que Deus tem um senso de humor estranho.


Eu já tinha amado esse livro só pela sua capa, então veio sua sinopse e me fez suspirar e então eu conheci a Brittany e me apaixonei, mas foi só ao ler cada página preciosa desse livro que eu percebi que estava irrevogavelmente amando. 

Narrado dos dois pontos de vista, Ashlyn e Daniels, o livro inicia cada capítulo com uma estrofe de uma música da Romeo's Quest, a banda de Daniel, e é incrível como cada palavra combina perfeitamente com o conteúdo do capítulo, é mágico, é perfeito, é trágico.

Depois da morte da irmã e de ser expulsa de casa Ashlyn pensa que tudo acabou mas então ela conhece Daniel e finalmente o mundo não aprece tão errado assim. É pensar nele que faz seu coração não doer tanto ao chegar em sua nova casa e perceber que seu pai tem uma família, ele tem uma mulher e tem dois entiados e isso doí profundamente, é a dor da rejeição. De novo.

Porém Hailey e Ryan são melhores do que ela imaginava, eles aos poucos se mostram pessoas incríveis com as quais ela começa a se preocupar, pessoas que se tornam suas amigas. Pessoas que roubam pedaços do seu coração, e que provam que nenhuma família é perfeita, nem a deles como ela pensou ao chegar ali.
- Porque fingir ser feliz é quase como ser feliz. Até você lembrar que é apenas fingimento. Então você fica triste. Realmente triste. Porque usar uma máscara todos os dias da sua vida é a coisa mais difícil do mundo. E depois de um tempo, você tem um pouco de medo porque a máscara se torna você.
Não quero falar mais - ou melhor eu até quero falar eternamente sobre ele -, pois acredito que se eu me esticar muito mais acabarei revelando coisas que não devo revelar, então agora irei dizer sobre o que eu achei desse livro. Ele é perfeito. Nunca vi o amor sendo retratado como aqui, com tantas facetas, com tantos erros e remendos, foi muito gratificante ver como duas pessoas se ajudaram a se reerguer depois de perdas irreparáveis.

E foi lindo conhecer a Gaby por meio de suas cartas - ela devia ser maravilhosa e louquinha -, ver Ryan e Hailey se abrirem com Ashlyn e se tornarem pessoas inesquecíveis e importantes, foi maravilhoso ver o tópico homossexualidade e religião sendo trabalhados como foram, foi lindo ver a complexidade de cada personagem.
- Os seres humanos não foram feitos para serem perfeitos, Daniel. Fomos feitos para estragar as coisas, destruir as coisas, e aprender coisas novas. Fomos feitos perfeitamente imperfeitos.
Em resumo, é um livro que eu mais que indico. Para todos. E faço dessas palavras as minhas: 
Não quero ter medo do resultado da vida. Quero me lembrar de respirar enquanto sorrir, e valorizar as lágrimas. Quero mergulhar em esperança e cair no amor. Quero estar vivo quando crescer, porque... nunca estive vivo em toda a minha vida.

comentários pelo facebook:

12 comentários

  1. Oii, tudo bem?
    A história me pareceu ser boa e com um drama por perder alguém e conhecer uma pessoa, faz a história melhorar. A capa é tão bonita e quero dar chance para ler esse livro :D
    Fique com Deus!
    www.doceliterario.com

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    1. Oie Amanda.
      A capa é linda mesmo e a estória é muito boa, tem vários pensamentos que me fizeram refletir sobre muitas coisas.
      Bjokas e você também.

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  2. Olá,
    Nossa, gostei muito da premissa, lembrei um pouquinho de Aria de PLL, mas só de ter lido sobre Shakespeare fiquei ainda mais curiosa. Adicionei na wishlist.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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    1. Oie Inês.
      Quando eu vi na primeira vez também me lembrei da Aria, afinal ela foi a primeira menina que se apaixonou pelo professor que eu li!
      Espero que adore.
      Bjs

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  3. gente ta todo mundo falando mt bem desse livro e so me deixa com mais vontade ainda de ler!
    tonsdeleitura.blogspot.com

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  4. Adorei essa capa e adorei sua resenha *-* Esse último quote me conquistou <3 Achei a estória ótima e a ainda mais por ter pontos de vista intercalados, quero ler agora HSUAH
    Beijoos,
    Sétima Onda Literária

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    1. Oie Mandy.
      O último quote destruiu meu coração, sendo bem sincera. Espero que leia logo, pois é muito amor esse livro.
      Bjokas

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  5. Já li o livro e também gostei demais. Toda a história é bem estruturada, as perdas que os dois personagens principais sofrem, seus problemas familiares, como a dor une os dois. Tudo muito bonito e bem real. Eu também recomendo.
    Abraços,

    Gisela
    @lerparadivertir
    Ler para Divertir

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    1. Oie Gisela.
      Sim, os personagens são bem estruturados e tudo que os certa é bem realista, não senti aquela coisa de que o sofrimentos deles era meio irreal sabe? Foi lindo.

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  6. O livro é incrível né? Li faz um tempinho, mas nunca esqueço de como adorei a Gaby e quis conhecer ela na vida real assim. Irmã incrível, né?
    Os personagens secundários são ótimos, mas o Daniel é mais. Onde faz para encontrar um daqueles?
    A resenha ficou muito boa; muito legal de ler.

    Beijos,
    Bi.

    - www.naogostodeunicornios.com

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    1. Sim Bianca, o livro é incrível.
      E nem sei, é isso que odeio nos livros, eles nos apresentam pessoas totalmente maravilhosas que só vão existir eternamente nas páginas e isso é triste. Obrigada, fico contente em saber.
      Bjokas

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