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25.12.15

[Resenha] A Evolução de Mara Dyer :: Michelle Hodkin

A Evolução de Mara Dyer - Mara Dyer #2
Autora: Michelle Hodkin
Editora: Galera Record
Páginas: 406
As misteriosas e perigosas habilidades de Mara continuam a evoluir. Ela sabe que não está louca e agora precisa se prender desesperadamente à sanidade. Mara sabe que é tudo real: pode matar com um simples pensamento, assim como Noah pode curar com apenas um toque e que Jude, o ex-namorado morto por ela, está realmente de volta. Mas para descobrir suas intenções, deve evitar uma internação em um hospital psiquiátrico. Confusa com as paredes se fechando e ruindo ao seu redor, ela deve aprender a usar seu poder.

Antes de tudo, quero dizer que esse livro merece uma playlist escolhida com cuidado. Eu fico pensando em Medicine, da Daughter, e Requiem for Blue Jeans, uma versão da música da Lana feita pela banda Bastille, e isso até me faz gostar mais do livro. Quero dizer, tem tanta música pra gente perturbada no mundo, nada melhor do que combiná-las a um livro com um plot perturbador. E, devo dizer, a Mara atinge um patamar de delírio nesse livro que é de apagar as luzes da casa à noite e sair correndo pro quarto recitando passagens da Bíblia e invocando o anjinho da guarda. Claro que (spoiler do livro anterior, se você não viu pela sinopse) sabemos que toda a loucura da Mara tem nome e rosto, um nome e um rosto bonitos ainda por cima, mas isso não me faz ter menos vontade de dizer pra ela, bem baixinho, respira querida, agora engole o remedinho. 

É por isso que eu fico meio brava quando a Mara não quer engolir os remedinhos dela. Não quer ficar melhor, dizendo em outras palavras. Se eu for usar os conhecimentos dos três semestres de Psicologia que cursei, meu veredicto é que essa garota está apaixonada pela ppria loucura. Se não fosse isso, eu até consideraria que o mundo ao redor dela é que é despirocado (com coisas como o pequeno detalhe de ela poder matar com o pensamento ou de namorar um cara com o dom da super cura), mas dá pra perceber que a Mara quer ser um pouco louca. Eu sou uma boa leitora, eu deixo. Escolho uma música de louco pra ela (que aposto que a Mara escolheria para si mesma, aliás) e digo deita lá, Mara querida, pode pirar. 

Sério, é todo mundo maluco nesse livro. A Mara é maluca porque sim. O Noah é tão perfeito que chega a ser uma obsessão, ela não pode ver uma perfeição solta no mundo e já pega pra ele. A mãe da Mara é doidinha, já que depois de se formar em Psicologia ainda conseguiu deixar a filha sob os cuidados dos piores psicólogos do mundo (sério gente, tanto tipo de psicologia no mundo e ela vai direto para a comportamental, socorro). Até eu sou louca nesse livro. Sabe quem é normal na história? A Phoebe. Vocês vão saber quando ela aparecer, é sanidade no fim do caminho. 
E é por conta de toda a loucura nessa história que eu gosto dela. 
Mentira, é por causa do Noah, mas eu tenho o decoro de mentir pra mim mesma. 

O que eu achei da história? Ah, ele estava lindo de terno. Se bem que com o cabelo bagunçado e os jeans gastos são melhores, mas é bom saber que ele tem roupas para todo momento. E dá pra ver que ele beija bem, se você tirar a Mara dali fica melhor ainda. Tudo bem, tudo bem, ele é um pouco demais às vezes, mas eu sou uma pessoa estética e é só descrever os olhos azuis do menino que eu perdoo tudo. 
Isso vale?
Não? Ok. A história, então, começa meio parada, aí tem um Noah no meio, aí volta a ficar meio parada, aí tem um Noah ali de novo, e de novo, aí de repente você não consegue mais parar de pensar no menino na história e o ritmo se torna mais frenético, a porcentagem de loucura aumenta drasticamente, o final é rápido e bem entrelaçado e você sabe que vai ler o próximo livro na manhã seguinte porque vai ter um Noah ali vai ser bom. Tá bom agora? Então tá bom, então.

Já mencionei que tem um pedacinho de um diário do Noah? Pois é, pois é. Até escrevendo ele é gostoso. Slowly freaking out com esse menino (é uma música também, da Skylar Grey; sério, a playlist faz toda diferença). 
Compartilhar a cama com ela é uma tortura deliciosa. Entrelaço o corpo no dela como musgo em um galho; as batidas de nossos corações se sincronizam, e nos tornamos uma coisa retorcida e codependente. Ela me deixa de joelhos com um olhar, e ouço um violino magoado, um crescendo e diminuendo do violoncelo. Murmura sob minha pele; só quero devorá-la, mas não faço nada além de trincar o maxilar, tocar-lhe o pescoço com os lábios e saborear o tremor daquele acorde. Depois de um tempo, o acorde suaviza nas pontas, quando ela cai no sono. Seu som é como a canção de uma sereia, me chamando para as pedras. 
Antes que eu desmaie, vou parar de falar do Noah e dizer como algumas outras coisas fizeram esse livro ficar uma colocação um pouco mais alta do que o primeiro (para mim): eu gosto muito da dinâmica da família da Mara, é adorável como eles realmente gostam um do outro e o Daniel é um amor; fiquei feliz com a aparição da irmã do Jamie porque ela me ajudou a entender que ele é um babaca, sim, e que pelo menos outras pessoas estão cientes disso; e a narração entrelaçou com o presente uma história do passado, com que a Mara ficava sonhando, que me cativou (aliás, eu adoro quando chega o momento das histórias em que passados são explicados). Não foi o meu livro favorito do ano, mas foi uma boa companhia durante a lavagem da louça (porque eu estava ouvindo o audiobook, ok?, nada de levar livro de papel pra perto de água). 

Já leu algum livro da série Mara Dyer? Está gostando? Caso não tenha lido, tem vontade de ler?


comentários pelo facebook:

2 comentários

  1. Ola Luisa!

    Não conheço essa escritora e nem esses livros. Pelo que disse é um livro bem perturbado, no momento que vivo hoje acho q não leria, mas vou continuar acompanhando suas resenhas por aqui, creio que vai ler o próximo logo rsrs.

    Bjos
    http://kelenvasconcelos.blogspot.com.br/

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  2. A resenha do próximo sai logo, logo. Se eu não me engano, essa é a série de estréia da autora e, se não for, ela não é famosa por outros livros. Mas eu gosto de descobrir novos autores, e estou curiosa para saber o que a Michelle Hodkin vai publicar agora que a série da Mara Dyer acabou.
    Beijos e obrigada por comentar *-*

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