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29.2.16

[Resenha] A batalha do Apocalipse :: Eduardo Spohr

A batalha do Apocalipse
Autora: Eduardo Spohr
Editora: Galera Record
Páginas: 588
Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.
Os poucos que enxergavam a verdade sabiam que Miguel tinha inveja e ciúmes da humanidade, por Deus ter dado a ela o mundo, a alma e o livre-arbítrio. O Príncipe dos Anjos desejava em seu íntimo acabar com todos os homens, roubar-lhes a terra e assumir o trono do Deus adormecido, pelo menos até seu despertar. Mas ele não era o único. O ambicioso Lúcifer tinha igual motivação, e foi então que se tornaram rivais.
Ablon sentia alterações no véu da realidade, mais alterações do que ele via a centenas de anos e isso o preocupava, ele estava vendo os sinais, finalmente seu olhar estava acostumado as novas e reais interpretações dos sinais e de uma coisas ele tinha certeza, o apocalipse estava chegando e com ele o julgamento de todos os seres, mas algo o preocupava muito mais, céu e inferno iriam brigar, e ele temia que a humanidade, desavisada, pagaria um preço muito alto.

Centenas de anos antes, não muito depois de Deus adormecer, em seu sétimo dia de descanso, Miguel assumiu seu lugar e se disse detentor da palavra e ordens de Deus, contudo não mito tempo depois suas ordens começaram a soar estranhas, por que eles deveriam empreender tantas cruzadas contra os humanos, os provando sempre, quase lhes causando a extinção não uma mas várias vezes, se Deus os criou com tanto amor e trabalho?

Com esse pensamento Ablon e outros anjos que concordavam com ele se juntaram para um motim, e trouxeram para seu lado um arcanjos, pois só assim teriam chance contra Miguel, o problema é que eles foram traídos por Lúcifer e jogados a Terra, presos para sempre em seus corpos físicos, e assim o Lúcifer liderou sua pequena revolta, que resultou em sua expulsão do céu, junto a centenas de anjos, e assim o Inferno foi agraciado com um comandante e centenas de demônios.

Preso e perseguido em sua forma física Ablon e os outros anjos se separam e vagaram sozinhos em direções diferentes na Terra, para não chamarem atenção e sobreviverem, mas Ablon não contava com um detalhe... que ele fosse uma peça importante para o apocalipse.



Um rei indestrutível, uma torre que sobe aos céus, uma deusa encarcerada no calabouço.
O livro é narrado em terceira pessoa e logo no início já temos um clima meio épico na narrativa que nada mais nada menos começa com a criação do mundo e a revolta nos céus.

Eduardo fez um trabalho esplêndido e finalmente posso dizer com a boca cheia porque dizem que não há nenhum escritor brasileiro que tenha escrito algo nem remotamente parecido com ele, misturando estilos de escrita que vão desde Dan Brown, R. R. Martin e Raphael Draccon, ele reconta a história da criação e do mundo sob um olhar revolucionário de anjos que operaram por trás de grandes feitos da humanidade.

Eu não sou católica, nem qualquer outra coisa, mas respeito religiões e creio em Deus, contudo meu cérebro sempre se negou a entender determinados acontecimentos bíblicos, e neste livro, Spohr consegue não só fazê-los coerentes como também dar um tapa na cara de muitos filmes hollywoodianos que tentaram fazer isso e falharam miseravelmente.
- E sobre Deus, o que sabe dele?
- Só sentimento e energia. O Senhor nunca foi acessível, mesmo enquanto moldava o infinito. Só os arcanjos falavam com ele, e não creio que falassem muito. Yahweh era como um pai ocupado, um progenitor que dava muita importância ao seu trabalho. Mas podíamos senti-lo em nosso coração, e no fundo não estávamos sozinhos. Tolo é o filho que depende do pai, que se apoia em sua segurança e desistie de desbravar o mundo por si.
Entre flash backs que explicam situações e decisões do presente, com acontecimentos do passado, o livro vai dos dias atuais até antes da queda da Babilônia, é uma verdadeira aula de história disfarçada na trama mais bem bolada sobre os angelicais que eu li até o momento. Para quem gosta desse estilo aqui está uma ótima indicação, e para quem quer conhecer mais sobre o mundo angelical, sua criação, castas e deveres e influências ao longo dos milênios, aqui também há uma boa explicação, é aprender sem perceber, é saber antes mesmo de notar.

Leitores de fantasia e ficção devem ler logo esse autor, e leitores brasileiros que querem descobrir novos escritores e conhecer outros estilos de literatura aqui tenho uma boa pedida e não se enganem, o livro até pode não ser classificado por mim como um romance, mas temos grandes exemplos de livros que contém bem pouco romantismo e são sensacionais, ainda não sei muito bem o que me aguarda nos próximos livros, mas pressinto uma aventura tão complexa quanto Supernatural.



comentários pelo facebook:

2 comentários

  1. Oi!

    Tenho esse livro, mas ainda não li por ficar com um pé atrás por se tratar de uma história de anjos. Sempre ouço muitos comentários positivos sobre o Eduardo e acredito neles. Um dia ainda lerei esse livro.

    Ótima resenha :)

    beijos
    http://infinitudedepalavras.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Oie Lurdes
      Eu também tinha um pouco de receio, não sei porque exatamente, mas livros sobre anjos me deixam com um pé atrás, contudo, assim que eu peguei o ritmo do livro vi que era uma leitura interessante e gostosa, não tão fluída quanto outros livros, mas mesmo assim cheia de coisas que marcam a trama sabe?
      Bjokas, obrigada e espero que quando o pegue para ler, se divirta e goste bastante!

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