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3.7.16

[Resenha] Um chapéu cheio de céu :: Terry Pratchett

Um chapéu cheio de céu - Tiffany Dolorida #2
Autor: Terry Pratchett
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 336
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Tiffany Dolorida, alguns anos após suas aventuras no tenebroso Reino das Fadas, deverá colocar seus talentos em bruxaria novamente à prova ao embarcar em mais uma aventura: deixar sua casa e suas terras para trás e se tornar aprendiz de uma bruxa de verdade. Mas o que ela não sabe é que uma criatura incorpórea e sagaz está lhe perseguindo, um ser ancião e incompreensível do qual nem mesmo a Madame Cera do Tempo (a maior bruxa do mundo) poderá protegê-la. Dessa vez, serão úteis as habilidades de roubos, briga e bebedeira dos Nac Mac Feegle, os Pequenos Homens Livres, ou deverá Tiffany depender única e tão somente de si?
Tiffany derrotou a Rainha das Fadas, salvou seu irmão e voltou para casa só para ser reconhecida pela a maior bruxa do mundo, Madame Cera do Tempo, como de fato uma bruxinha muito prometedora, após ter ganhado uma chapéu invisível a todos os olhos, mas capaz de ser sentido quando tocado por ela, Tiffany voltou para a fazenda de sua família e para a vida que ela levava com a promessa de alguns anos depois Miss Tick voltaria para lhe levar para uma tutora que lhe ensinaria não a fazer feitiços e como ser bruxa, mas sim a entender como era ser bruxa. Pode não parecer, mas aparentemente as duas coisas eram bem diferentes.
Tiffany havia feito mágica , mágica de verdade. Até fazer, ela não sabia que era capaz; quando estava fazendo, ela não sabia que estava; e, depois, ela não sabia como acontecera. Agora, teria que aprender como fazer.
A promessa de fato foi cumprida, em seu décimo primeiro aniversário Miss Tick veio lhe buscar com o propósito de lhe tornar uma aprendiz, coisa comum para seus pais, e assim Tiffany parte com ela para densas florestas longe do Giz e colinas com muitos mistérios, contudo elas não partem sozinhas, Tiffany aprendeu um novo truque durante esse tempo, algo muito necessário para quem não tem um espelho maior que sua mão em sua defesa. Ela aprendeu a sair de seu corpo momentaneamente, e isso, esse poder atraí um ser sem corpo faminto por uma boa casca para habitar e devagar ele começa a trilhar seu caminho atrás do poder e mente que gritam.

Sem saber do perigo que corre, com uma tutora para lá de excêntrica que possuí uma mente e dois corpos, novos desafios que incluem aprender coisas que parecem fáceis mas não o são e pequenos homenzinhos que tentam desesperadamente chegar a tempo e alertar a pequena bruaquinha do perigo que a cerca as coisas se complicam exponencialmente quando num momento de vergonha Tiffany deixa seu corpo e não consegue retornar, pois agora ele tem um novo hospedeiro, um que ninguém antes conseguiu expulsar e com o qual todos morreram.
Bruxas não acreditavam em tornar as coisas muito fáceis. Elas presumiam que você usaria o cérebro. Se você não usasse o cérebro, não prestava para ser bruxa. O mundo não facilitaria as coisas, diriam elas. Saiba como aprender rápido.
O livro segue o mesmo estilo do primeiro, só que agora temos a jovem mais velha e enfrentando novas situações, vemos um novo universo se abrindo a nossa frente e novos conhecimentos sendo despejados em nossas mentes.

Com uma escrita maravilhosa e cheia de estilo vamos pelas páginas voando com graça e dinamicidade, eu particularmente ainda me pego comparando esse livro a clássicos como Nárnia e A Bússola de Ouro, pois essa menininha tem a língua ferina e coragem de Lyra viu?

O mundo das fadas é bem estruturado, entrando e saindo do nosso com seus elementos fantásticos e seres perigosos que vão nos sendo apresentados e nos levam pelas aventuras que essa jovem tem de enfrentar, contudo aqui vemos mais do mundo mágico habitado por ela, vemos outras bruxas e de onde elas vêm, vemos intrigas mais básicas e questões mas existênciais, vemos Tiffany crescer sem perder o charme, e isso compensa muito.
Era muito fácil ter um lapso de pequenas crueldades descuidadas, só porque você tinha poder e outras pessoas não; muito fácil pensar  que as outras pessoas não importavam; muito fácil pensar que ideias como certo e errado não se aplicam a você.
Escrito por 
Agatha

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