Autora: Sarah J. Maas
Editora Galera Record
Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.
Sarah J. Maas virou a minha
autora favorita quando se trata de desenvolver uma boa fantasia com uma
protagonista forte. Nesse livro, após os acontecimentos de Corte de Espinhos e
Rosas (resenha aqui), Feyre está destruída psicologicamente, está traumatizada e tem dificuldades
para superar todo o mal que Amarantha infringiu a ela e aos feéricos, e ela
sofrerá muito para enfim se libertar das garras que a aprisionam e se empoderar
como mulher e como um ser com sonhos e agora, objetivos.
Algo que sempre foi uma constante
e seu alicerce para superar todos os obstáculos foi o seu relacionamento com
Tamlin, o Grão-Senhor da Corte Primaveril, só que o mesmo também não está 100%
após também ter sofrido na mão de Amarantha e ele não aguenta lidar com a
possibilidade de Feyre vir a sofrer novamente nas mãos de algum inimigo, então
passa a sufocá-la, mesmo que sem querer. O relacionamento deles se torna algo
nocivo e não-saudável e dia após dia Feyre começa a definhar e a se perder,
havendo aqui grande crítica feita pela autora com relação a relacionamento abusivo.
Então o agora-não-mais-odiado-Grão-Senhor-da-Corte-Noturna
aparece para impor a Feyre e a Tamlin o cumprimento da promessa que ela lhe
fizera enquanto estivera cativa na corte de Amarantha, num dia que seria um
marco de mudança para todos os feéricos da Corte Primaveril. E assim como
Perséfone tinha que destinar parte do seu tempo à Hades no submundo, Feyre terá
que destinar parte do seu tempo à Rhysand na famigerada Corte Noturna. Os diálogos entre o Rhys e a Feyre definitivamente compõe as melhores partes do livro, são diálogos afiados.
No livro anterior Rhysand foi um
personagem que atiçou a minha curiosidade para saber mais sobre ele, já que
ficou claro que parte do seu comportamento era parte de um personagem e de um
teatro que ele tinha que manter. Finalmente conhecemos sua real natureza bem
como a sua tão conhecida corte e os mistérios e segredos que nela habitam e
suas justificativas para as ações praticadas no passado. É interessante ver o
progresso do relacionamento dele com a Feyre, personagens que antes não se
davam bem acabam se tornando amigos e desenvolvendo uma relação de
cumplicidade, já que passaram por tantas coisas, para enfim surgir algum
sentimento além da amizade.
‘‘- Há a escuridão que assusta, a escuridão que acalma, a escuridão do descanso. Há a escuridão dos amantes, a escuridão dos assassinos. Ela se torna o que o portador deseja que seja, precisa que seja. Não é completamente ruim ou boa.’’
Paralelo a isso, os muros que
protegem o mundo humano do mundo feérico está enfraquecendo e nossos mocinhos
farão tudo o possível para evitar que o mundo humano padeça. Novos personagens
são inseridos na trama e como a Feyre mudou, a perspectiva do leitor também
muda em relação a várias coisas. Um ponto alto é para o desenvolvimento bem
feito dos personagens secundários, todos tem espeço na trama! Bem como, os
diálogos mordazes, irônicos e inteligentes.
Feyre irá viver muitas aventuras,
muitas mesmo! Após ser refeita e descobrir novas habilidades, ela viverá aventuras
e emoções o suficiente para nos deixar vidrados. Quando você pensa que uma
tarefa já está cumprida e que ficará tudo bem, somos surpreendidos por novos
objetivos que nos deixam aflitos pelo seu desfecho e com o coração na mão
durante todas as cenas. Sobre o final, que final! Só digo que o meu queixo caiu
e que o próximo livro promete ser destruidor.
Sem definição para esse livro. Não encontro palavras pra dizer a vocês o quanto esse livro me marcou e o quanto eu o favorito, sério, acho que arrebatador é um bom sinônimo. Eu estava numa bela ressaca literária, nenhum livro me prendia de fato e foi eu ver esse lançamento que coloquei todas as minhas mais altas expectativas na leitura e ainda disse: me surpreenda. E não é que a dona Sarah J. Maas foi bem sucedida nesse meu desafio.
Sarah J. Maas desenvolve uma
mitologia fascinante, com personagens complexos e bem estruturados, e há tantas
tramas dentro dessa obra que fica bem complicado fazer um resumo de tanta coisa
que esse livro traz, e as surpresas são muitas, a cada capítulo ficamos mais
fascinados e imersos nesse mundo e vemos que o primeiro livro foi só um
aperitivo do que estará presente nos próximos livro. Feyre passou por muita
coisa e seus valores agora são outros, a forma como a autora aborda os
relacionamentos também mudou e nesse livro há cenas dignas de um livro new
adult e/ou erótico, fiquei bem surpresa com essa parte tão descritiva da
narrativa, confesso.
Antes Corte de Espinhos e Rosas
estava entre os meus livros favoritos da vida, mas a sequência superou e Corte Névoa
e Fúria agora ocupa a posição que antes era do seu antecessor. Então caso você
ainda não tenha lido essa série ou nenhum livro da autora e gosta de fantasia,
tá esperando o que para conhecer uma das escritoras contemporâneas de
literatura fantástica mais comentadas? E caso tenha lido e gostado ou não de
Corte de Espinhos e Rosas acho que definitivamente você deve dar uma chance ao
segundo volume pois muita coisa mudou e foi desenvolvida e a leitura com
certeza vale a pena!
Estou louca para ler esse livro, mas antes tenho que me atualizar com o primeiro! Hhahahah Adorei a resenha!
ResponderExcluir~ Compulsivamente Literária
Oie Andréia =)
ResponderExcluirA Fran fala super bem dos livros dessa série, mas eu como tenho várias começadas a ler que não terminei ainda não tive oportunidade de conhecer.
Ótima resenha!
Beijos;***
Ane Reis | Blog My Dear Library.