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5.6.17

[Resenha] As Mentiras de Locke Lamora :: Scott Lynch

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As Mentiras de Locke Lamora - Nobres Vigaristas #1
Autor: Scott Lynch
Editora: Arqueiro 
Páginas: 464
O Espinho é uma figura lendária: um espadachim imbatível, um especialista em roubos vultosos, um fantasma que atravessa paredes. Metade da excêntrica cidade de Camorr acredita que ele seja um defensor dos pobres, enquanto o restante o considera apenas uma invencionice ridícula.
Franzino, azarado no amor e sem nenhuma habilidade com a espada, Locke Lamora é o homem por trás do fabuloso Espinho, cujas façanhas alcançaram uma fama indesejada. Ele de fato rouba dos ricos (de quem mais valeria a pena roubar?), mas os pobres não veem nem a cor do dinheiro conquistado com os golpes, que vai todo para os bolsos de Locke e de seus comparsas: os Nobres Vigaristas.
O único lar do astuto grupo é o submundo da antiguíssima Camorr, que começa a ser assolado por um misterioso assassino com poder de superar até mesmo o Espinho. Matando líderes de gangues, ele instaura uma guerra clandestina e ameaça mergulhar a cidade em um banho de sangue. Preso em uma armadilha sinistra, Locke e seus amigos terão sua lealdade e inteligência testadas ao máximo e precisarão lutar para sobreviver.
Ok... Primeiramente, esqueça essa sinopse. Eu sei, você pode ter lido e já se interessado pelo livro através dela. Ou, aconteceu o contrário, e agora que eu disse para esquecer a sinopse, você está até mais aliviado.
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A nós - mais ricos e inteligentes do que todos!
O lance é que: embora a sinopse esteja de acordo com a história, ela não está de acordo com a essência da trama toda. As Mentiras de Locke Lamora não é um livro engraçadinho, "trapalhão", como pode parecer. Camorr não é um lugar amigável, com lutas de espada em que ninguém se machuca e diálogos espertinhos. Sim, você vai ficar empolgadinho em algumas partes, mas em outras, vai fechar o livro e precisar de alguns minutos para conseguir seguir em frente. Nessas pausas, eu costumava a falar algo como "QUE LIVRO É ESSE, MEU??", mesmo sozinha, eu precisava expressar minha emoção de algum jeito, né.

É uma fantasia, mas nosso protagonista não é todo-poderoso, está longe disso (como diz a sinopse, rsrs). Locke Lamora é só um cara que mente muito bem, e usa isso para montar os mais complexos planos em prol da sua arte: o roubo. 

Há duas linhas temporais na história, o presente, que é a linha principal onde praticamente tudo se desenrola, e o passado - contado nos interlúdios - , sem um tempo exato, dando um contexto maior aos fatos do presente. Elas se completam tão bem, mas tão bem, que chega a dar aquela emoçãozinha quando você relaciona algo que acabou de acontecer com o passado de algum dos personagens, ou seja, nada é em vão. É uma trama super bem montada, surpreendente, nada clichê, duvido que exista algo parecido.

O livro todo foi bem escrito e isso eu já deixei mais do que claro, mas sério, o final não foi nada do que eu imaginava, foi incrível. É como se eu tivesse lido dois livros, um nas 200 primeiras páginas, e outro em todo o restante. 

Scott Lynch, em seu livro de estréia na literatura fantástica, arrancou elogios de George R. R. Martin e Patrick Rothfuss - meu escritor favorito - pelo seu universo bem construído e originalidade. Não posso fazer nada a não ser concordar muito com os mestres.

E que venha o segundo livro, me manda aí @Arqueiro!

Postado por: Layane Machado

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