Joia de Medina - Medina #1
Sherry Jones
Editora: Record
Páginas: 428
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A'isha se casa com o profeta Maomé aos 9 anos e logo se vê envolvida em intrigas políticas, perseguições religiosas, ciúmes e tentações. A joia de Medina conta a emocionante trajetória de coragem e inteligência que transforma uma menina na mulher mais poderosa do Islã, na fechada Arábia do século VII. A rara oportunidade de observar um relato histórico pelos olhos de uma grande personagem feminina. Extensivamente pesquisado e escrito com elegância, A Joia de Medina evoca a beleza e a árdua realidade da vida em uma época perdida no tempo. Mescla de romance, história e aventura, este polêmico livro apresenta aos leitores o tumultuado nascimento da fé islâmica por intermédio dos olhos de uma inesquecível heroína.
Quando a jornalista Sherry Jones desenvolveu a história deste livro, com toda a certeza, sabia que seria um escândalo, não somente pelo seu conteúdo, mas também pelo nome que se é trazido a trama. Falar sobre uma das mais importantes e admiradas esposas de Maomé poderia ser visto por alguns como uma afronta. Desse modo sua publicação enfrentou vários ataques, inclusive um ao escritório do editor britânico. Mas, nada impediu que o livro fosse publicado. E que se tornar-se mais que um romance: uma verdadeira ponte entre o passado e o presente.
A história é exposta em primeira pessoa, pelos olhos da própria A'isha, que no inicio da trama tem somente seis anos e nos apresenta o seu mundo, com a visão da pequena menina, que desde muito cedo revela não só a maturidade ao entender a sociedade que a cerca como também a 'garra' em mostrar-se diferente das outras meninas e mulheres, em querer mudar o seu mundo, questionando sempre seu papel como mulher e grande parte das tradições pré-estabelecidas à ela.
A'isha acreditava que iria se casar com o seu amigo Safwan já que para ela os dois eram prometidos um ao outro desde pequenos, mesmo isso soando estranho, não havia real problema a mesma, a consumação dessa união no futuro, já que seu coração balançava por ele desde sempre. Mas, quando nossa protagonista completou os seus sete anos foi dada por seus pais como noiva do profeta Maomé e a partir desse ato toda sua história muda.
A história é exposta em primeira pessoa, pelos olhos da própria A'isha, que no inicio da trama tem somente seis anos e nos apresenta o seu mundo, com a visão da pequena menina, que desde muito cedo revela não só a maturidade ao entender a sociedade que a cerca como também a 'garra' em mostrar-se diferente das outras meninas e mulheres, em querer mudar o seu mundo, questionando sempre seu papel como mulher e grande parte das tradições pré-estabelecidas à ela.
A'isha acreditava que iria se casar com o seu amigo Safwan já que para ela os dois eram prometidos um ao outro desde pequenos, mesmo isso soando estranho, não havia real problema a mesma, a consumação dessa união no futuro, já que seu coração balançava por ele desde sempre. Mas, quando nossa protagonista completou os seus sete anos foi dada por seus pais como noiva do profeta Maomé e a partir desse ato toda sua história muda.
Ao decorrer da obra podemos sentir não só o desespero da pequena menina ao se ver como esposa tão cedo, mas também seu amadurecimento rápido, sua força que ultrapassa por completo tudo que se era esperado em sua época. Uma menina-mulher que se afirma em uma sociedade de extremos e que se tornou não somente o grande amor do profeta como também sua fiel conselheira. A pequena ruiva (como era chamada pelo profeta) tornou-se um simbolo de sua época, indo até como guerreira em algumas batalhas e ajudando o seu povo com suprimentos ou com curativos. Mesmo sendo a mais nova de todas as esposas, a "mãe dos crentes" era vista por uns como uma potencial ameaça, já que a garota diferente das outras mulheres fora sempre questionadora tanto nos cuidados da casa, quanto e principalmente em assuntos políticos.
A Joia de Medina é um livro para se ler com calma, pois cada parte do mesmo é repleto de referências culturais e históricas... Confesso que foi uma das leituras mais calorosas e difíceis que já li até hoje, em alguns momentos pude quase que sentir em minha pele a aflição da protagonista ou dos demais personagens. Jones, faz com que o leitor sinta-se realmente parte daquele universo, seja nas descrições dos lugares, da cultura ou até nos dramas acoplados a obra. Ao meu ver esse livro é muito mais que um relato histórico; é um misto de ideais, aventuras e sonhos.
OBS: O trecho a seguir, faz parte do relato de A'isha enquanto estava em purdah (purdah é um período onde as moças prestes a se casar ficam isoladas do mundo externo, para possivelmente, preservar sua "pureza").
A Joia de Medina é um livro para se ler com calma, pois cada parte do mesmo é repleto de referências culturais e históricas... Confesso que foi uma das leituras mais calorosas e difíceis que já li até hoje, em alguns momentos pude quase que sentir em minha pele a aflição da protagonista ou dos demais personagens. Jones, faz com que o leitor sinta-se realmente parte daquele universo, seja nas descrições dos lugares, da cultura ou até nos dramas acoplados a obra. Ao meu ver esse livro é muito mais que um relato histórico; é um misto de ideais, aventuras e sonhos.
OBS: O trecho a seguir, faz parte do relato de A'isha enquanto estava em purdah (purdah é um período onde as moças prestes a se casar ficam isoladas do mundo externo, para possivelmente, preservar sua "pureza").
"Foi meu último dia de liberdade. Mas teve início mais ou menos 1.001 dias antes disso; um raio de sol e o meu grito de alarme, atrasada de novo, o salto de minha cama, a fuga pelos cômodos sem janelas da casa do meu pai, minha espada de madeira na mão, meus pés descalços batendo no piso frio de pedras, estou atrasada estou atrasada estou atrasada. Lampiões tremeluziam sua luz fraca nas paredes, uma pobre substituta do sol que eu amava. Quando passei pela cozinha, o cheiro forte e fermentado de mingau de cevada me enjoou. Mais rápido, mais rápido. O profeta vai chegar logo, se ele me vir, vai querer brincar, e sentirei falta de Safwan." (p.22)
Isto que acho legal em livros, as referências culturais e históricas e este dá para ver que é isto mesmo e não mais uma obra normal que se lê correndo. A riqueza que se tem lendo livros assim é enorme, primeira vez que leio algo sobre o livro e já quero ler, apesar de não ser muito adepta de leituras mais históricas sobre quem esteve na Bíblia.
ResponderExcluirOi, tudo bem? Que premissa mais instigante. É fascinante como alguns autores pesquisam, buscam dados, e trazem todo um universo que até então era desconhecido para grande parte dos leitores. O que mais me chamou atenção é poder conhecer a cultura Islã que só ouvimos pelas notícias ou jornais. Uma leitura rica com certeza. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirEu já conhecia um pouco da história da menina que se casou com o profeta Maomé e se tornou uma ameaça política para alguns. Todavia, não acredito que conseguirei ler este livro. É muito difícil para mim ler sobre o casamento entre uma criança e um homem, ainda mais por se tratar de algo real.
ResponderExcluirA leitura só valeria a pena pelos aspectos históricos e culturais, por mostrar mais do Islã e seu surgimento. Mas no momento eu não leria.
Bjs!
Imagina o nível de pesquisa que a autora se envolveu pra entregar uma obra dessas. É muita história, muita cultura!! Um projeto ousado, né?? Não sou muito fã desse tipo de leitura, mas reconheço a importância da obra.
ResponderExcluirAbraços
Carol, do Coisas de Mineira
Olá, tudo bem? Eu gostei bastante da dica, gosto desses livros que trazem um pouco de história em suas páginas, acho que é uma leitura bem válida.
ResponderExcluirUm beijo.
Oi, gostei de conhecer esse livro pelo seu post, não sabia nada sobre as esposas do Maomé. Me parece ser uma leitura bem forte e tocante pelo seu post.
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