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30.9.19

[Resenha] Para Educar Crianças Feministas: Um Manifesto :: Chimamanda Ngozi Adichie

Para Educar Crianças Feministas: Um Manifesto
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 96
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Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos. Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.

Chimamanda Ngozi Adichie é considerada uma das mais célebres jovens escritoras nigerianas da contemporaneidade, conheci seu trabalho em uma das palestras no TEDx Talks onde a mesma conta de sua infância, seu amor a literatura, e claro,  sobre como ''abriu'' sua mente com questões como misoginia e preconceito racial.

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Para Educar Crianças Feministas inicialmente é uma carta que Chimamanda escreve para sua amiga que acabara de ter uma menina. A mesma havia pedido para autora que desse dicas de como criar uma criança com ideais feministas.


Não é como um manual, onde se estão expostos de forma linear todas as instruções a serem possivelmente seguidas, mas demonstra-se como uma conversa entre a autora e o leitor. E em algumas ocasiões a mesma faz analogias sobre sua própria vida anterior e de sua amiga. No manifesto muitas vezes podemos sentir a importância da discussão entre a igualdade entre garotos e garotas desde sua infância; o quão necessário se faz essa premissa ser transmitida a eles ainda quando são pequenos, não para "endeusar" a mulher, porém para que aja no futuro seres humanos compreensivos e capazes de aceitarem uns aos outros.

"Diga a Chizalum que as mulheres, na verdade, não precisam ser defendidas e reverenciadas; só precisam ser tratadas como seres humanos iguais." p.(20)

A autora traz ainda questões sobre a forma como as crianças são ensinadas a amar e se dedicar ao outro e o quão importante é fazer com que a menina desde cedo entenda que sim ela tem que se doar, porém, ela não deve esperar menos do que isso em um relacionamento, afinal, tanto o menino quanto a menina são pessoas constituídas de sentimentos.

"Ensine a ela que amar não é só dar, mas também pegar. Isso é importante porque damos às meninas pistas sutis sobre a vida delas - ensinamos que um grande elemento de sua capacidade de amar é sua capacidade de se sacrificar. Não ensinamos isso aos meninos. Ensine-lhe que, para amar, ela precisa se entregar emocionalmente, mas que também deve esperar receber." p.(32)

Chimamanda constitui de forma leve e fluída não somente como se fundamentaria essas questões durante a criação da menina, mas como a nossa sociedade ainda enxerga o termo Feminismo não somente como uma afronta mas com medo de que um dia qualquer mulher em qualquer lugar do mundo possa entender o que ela é, e assim compreender que não merece ser vítima de nenhum tipo de agressão seja ela física ou psicológica. E que sim todos nós somos iguais, instruídos das mesmas capacidades mentais.

  "Porque quando há igualdade não existe ressentimento." p.(12) 

comentários pelo facebook:

6 comentários

  1. Uau... eu realmente amei muito essa resenha e esses quotes pois isso é tão o que eu penso que devia ser ensinado e tão o que eu luto para ensinar minha irmã e deixar claro pro meu irmão... só posso bater palmas e dizer que eu quero comprar esse livro pra ontem só para poder indicar para todo mundo e reforçar esses princípios tão necessários dentro de mim

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  2. Respostas
    1. Super recomendo você comprar essa obra. Sim, é uma coisa que sempre estamos lutando, nós como mulheres, em ter nossos direitos respeitados tanto físico quanto intelectual... É uma pena ainda termos que continuar nessa "luta", espero que um dia não seja mais necessário.
      Bjss *-*

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  3. Mais um livro para minha lista de leitura, resenha excepcional :))

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  4. Tenho 12 anos e eu mesma fiquei com vontade de ter o livro mesmo não sendo mãe ainda kkk Parece ser um livro muito bom!

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