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2.9.19

[Resenha] Wotakoi - O amor é difícil para otakus :: FUJITA

WOTAKOI - O amor é difícil para otakus #1
Autor: FUJITA
Editora: Panini
Páginas: 128
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Apesar de Narumi Momose esconder seu gosto por histórias yaoi, seu namorado descobre tal hobby e termina o relacionamento. Para renovar sua vida, ela decide mudar de trabalho e lá acaba encontrando seu amigo de infância, Hirotaka Nifuji, um viciado em video games, que por pouco não revela o segredo de sua amiga. Então, ela decide sugerir um plano para que ele nunca mais fale sobre o assunto, mas não contava com uma contraproposta: por que não começarem a namorar? Obcecados por seus interesses pessoais, será difícil para eles manterem um relacionamento.
Não é de hoje que eu declaro por aí meu amor por mangás e afins, posso não ser uma otaku - normalmente conhecido como fã extremo de cultura oriental em geral, tais como mangá, animes, cosplays entre outros - hard, mas eu não nego que tenho um pezinho bem enraizado na cultura nerd japonesa e adoro ler um bom shoujo - romance - nas minhas horas vagas.

Mas sabem como é né? A vida nem sempre nos ajuda e sempre tem aqueles shoujos que estão bem fora da minha realidade atual, não que eu não ame um romance adolescente e nem que às vezes - muitas vezes - eu não surte com um romance fofinho e inocente e muito lindinho e todo "awn", mas algumas vezes eu caço algo que seja mais eu sabe?

E não sei para vocês mas Wotakoi - o amor é difícil para otakus me caiu como uma benção dos céus! E olhem só porque...



Narumi Momose é uma otaku de carteirinha, mas ela também sabe que ser uma mulher procurando emprego e namorado não pode se revelar uma fujoshi - romance lgbt entre meninos - sem que isso interfira diretamente em ambos, afinal nenhuma empresa quer uma mulher viciada nessas coisas estranhas trabalhando para eles, e se isso atrapalhar seu desempenho? E que cara normal gostaria de namorar uma garota que gosta de fantasiar caras com outros caras?! 

Então quando seu atual namorado descobre seus profundos segredos otakus Momose perde não só o boy como também é obrigada a trocar de emprego e dessa vez ela está determinada a ser o mais normal possível, ninguém nunca saberá que ela na verdade é uma fujoshi convicta e invicta, e inclusive famosa em festivais.

Contudo Momose não contava que Hirotaka Nifuji - seu melhor amigo gamer e semi otaku de infância - trabalhasse no mesmo lugar, e muito menos que ele propusesse que ambos namorassem, já que os dois não só entendiam as necessidades e gostos um do outro como também não eram um daqueles otakus tarados e até mesmo gostavam um pouco do que o outro gostava, ele poderia subir de nível seus personagens e acompanhá-la em seus eventos sem que ela se sentisse julgada e ele não estaria mais solteiro e nem teria que parar de jogar, beber ou qualquer outra coisa assim...



Sentiram esse cheirinho de shipp? Desse casalzão? 

O que ambos não contavam é que eles não estavam sozinhos nessa de se esconderem no escritório, Nifuji e Momose acabam conhecendo Kabakura Tarou e Koyanagi Hanako e disso surge uma amizade que se torna cada vez mais e mais interessante, principalmente por eles se tratarem de um casal também. Um beeeeem diferente dos nossos dois protagonistas que ainda estão descobrindo os limites um do outro, já que esses dois tem anos de namoro e agora enfrentam as dificuldades da convivência diária.
Ou seja, temos romance entre amigos de infância e temos romance de escritório logo de cara, tudo junto e misturado e com altas doses de "Peraí que eu tenho que ajudar esses novatos!"


Se utilizando de todas as artimanhas possíveis dentro do mundo dos otakus e gamers o autor faz uso fácil da quarta parede falando o tempo todo conosco como se fosse um narrador personagem intrigante.

E eu simplesmente amo como por se passar no "mundo adulto" ter tantas referências ao dia-a-dia de pessoas que trabalhavam, bebem e tentam fazer dar certo seus relacionamentos, ao mesmo tempo que deixa claro que não há problema nenhum ser um otaku e gamer mesmo depois de ter adentrado a fase adulta e que isso não irá atrapalhar seu trabalho desde que você seja uma pessoa comprometida e que de maneira alguma todo otaku e gamer necessariamente precise ser estranho ou tarado...



Mas em contra partida ele joga em nossa cara o tempo todo como normalmente nós temos vergonha de expor esse lado nosso por medo da rejeição e do preconceito embutido na sociedade para com pessoas que gostam disso, e do próprio preconceito que eles naturalmente e sem perceber também tem, que inclusive é um dos motivos que o fazem se "esconderem" para não serem como aqueles otakus e gamers estranhos, gerando um círculo vicioso sem fim.

Quantas vezes eu não ouço que eu deveria fazer algo melhor do ficar lendo o tempo todo? Ou assistindo essas coisas no computador e celular? Nossa senhora, nem conto mais, pois cansei. Claro que depois de um tempo as pessoas ao seu redor se acostumam e percebem que isso não é necessariamente ruim, mas sempre há aquele torcer de lábios quando falo em livros, computadores e cultura oriental de um modo geral.

Acho que nesse ímpeto de mostrar que não há nada de errado nisso, em ter esses gostos, que isso é tão normal quanto você gostar de ir no barzinho - coisa que inclusive eles fazem! - ou jogar futebol ou qualquer outra coisa considerada aceitável para os padrões, eu considero Wotakoi tão maravilhoso e indico todas as vezes que consigo!


Inclusive para quem não curte tanto mangá mas curte um anime... o mangá fez tanto sucesso que logo foi adaptado para um anime com apenas 11 episódios rapidinhos e muito, muito fofinhos!!! Abaixo segue o trailer!



Sei que nem todo mundo gosta, mas por favor, deem uma chance para esse bebê! Sim? *3*


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