Autor: Lima Barreto (versão por: Edgar Vasques e Flávio Braga)
Editora: Desiderata
Páginas: 68
Livraria da Travessa | Magazine Luisa | Martins Fontes
Escrito por Lima Barreto em 1911. Triste Fim de Policarpo Quaresma é uma brilhante sátira aos ideais positivistas e nacionalistas que nortearam a Primeira República brasileira. Passada nas vésperas da Revolta Armada, durante o governo de Floriano Peixoto, o Marechal de Ferro, a história narra as desventuras de Policarpo Quaresma, personagem que encara melhor que qualquer outro em nossa literatura o credo ufanista e suas desilusões.
"Finda a leitura, nos causa espanto o quanto este folhetim do início do século XX permanece válido e coerente, próximo à realidade dos leitores, e serve sobretudo de alerta contra todos os perigos que a liberdade de pensamento pode, facilmente, correr." Beatriz Resende
Lima Barreto foi um escritor e jornalista brasileiro, conhecido pela publicação de sátiras, folhetins, crônicas e romances de tom anarquista no início do século XX. Considerado um dos principais escritores do período pré-modernista. As obras de Lima estão ligadas a tons sociais e nacionalistas. O autor teve um fim parecido com um dos seus principais personagens, tendo sido internado duas vezes no mesmo hospital psiquiátrico, que seu personagem fictício (Policarpo) e isso fez com que o mesmo definha-se e vinhe-se a óbito com apenas 41 anos.
Em sua obra mais famosa Triste Fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto nos apresenta sua visão mais explícita sobre o país da época. Criando não somente um personagem amplamente a frente de seu tempo, mas com um viés político ácido e muito consciente.
Policarpo Quaresma, nosso protagonista, é um major carioca que tem ideias um pouco equivocadas em relação as ideias da elite de 1893. Quaresma acreditava na "ascensão" do nacionalismo como único meio de triunfo do país; porém, para ele o termo 'nacionalismo' teria que ser ao "pé da letra", já que em sua visão deveria ser valorizado nossas riquezas naturais, a nossa língua (sim, o tupi e os demais derivados das culturas anteriores ao colonialismo), instrumentos musicais sem influência europeia.
Ao decorrer da história, Policarpo é internado em um hospital psiquiátrico após ter mandado um requerimento à câmara, convocando aos congressistas a decretarem o Tupi-Guarani como a língua nacional, no lugar do Português. Tachado como louco foi desacreditado por seus colegas e superiores, e muito custou aos seus parentes e amigos conseguirem um pedido de aposentadoria para finalmente sair do manicômio. Na segunda metade da história, Policarpo depois de uma conversa com sua sobrinha, resolve comprar um terreno no interior e recomeçar sua vida, mas sempre carregando suas ideias 'contraditórias'.
Em um dia atípico, Quaresma recebe a notícia pelo seu empregado Anastácio que estavam recrutando pessoas para defender a pátria de um suposto 'golpe'. Ouvindo isso ele resolve ir ajudar o então presidente Marechal Floriano Peixoto (Marechal de Ferro) e é recrutado como major na tropa que estava sendo formada. Por um triste acaso do destino o General Albernaz perde sua filha e fica desolado com o ocorrido, porém já era o começo do levante e sem saída colocam Policarpo no comando da tropa, caso que o deixou transtornado com tamanha responsabilidade. Na guerra ele se redescobre como uma outra pessoa e conta esse caso a sua irmã em uma carta; uma pessoa que segundo suas palavras "também descobriu sua FEROCIDADE" e por esse motivo não conseguia se perdoar.
Após esse período, Quaresma é convocado a ser comandante do Presídio da Ilha das Enxadas, onde estavam os marinheiros presos pós-combate. Nisso um homem de confiança do Marechal Floriano, manda fuzilar alguns prisoneiros, tal ação que contraí todos os princípios de Policarpo, fazendo com que o mesmo mande uma carta ao presidente criticando a matança desnecessária. Isso fez com que em dois dias nosso herói fosse preso com a acusação de alta traição e condenado a morte.
Mais que um simples romance, Lima escreve uma crítica ferrenha aos conceitos positivistas da Primeira República, ao conceito de falso nacionalismo que era no Brasil. O mesmo desenvolveu um personagem icônico, o "verdadeiro brasileiro", que buscava um redescobrimento do país com aquilo que é seu de origem. Uma re-ligação da terra, dos costumes, do SER brasileiro, limpo de conceitos europeístas. A cara do Modernismo.
Nessa versão se mantém os traços originais da história, e a torna mais divertida ao leitor, por se tratar de uma HQ. Uma leitura rápida mas que faz com que o leitor reflita sobre a época e entenda de forma concreta as visões do autor e a mensagem que a história está destinada a trazer.
Em sua obra mais famosa Triste Fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto nos apresenta sua visão mais explícita sobre o país da época. Criando não somente um personagem amplamente a frente de seu tempo, mas com um viés político ácido e muito consciente.
Policarpo Quaresma, nosso protagonista, é um major carioca que tem ideias um pouco equivocadas em relação as ideias da elite de 1893. Quaresma acreditava na "ascensão" do nacionalismo como único meio de triunfo do país; porém, para ele o termo 'nacionalismo' teria que ser ao "pé da letra", já que em sua visão deveria ser valorizado nossas riquezas naturais, a nossa língua (sim, o tupi e os demais derivados das culturas anteriores ao colonialismo), instrumentos musicais sem influência europeia.
Ao decorrer da história, Policarpo é internado em um hospital psiquiátrico após ter mandado um requerimento à câmara, convocando aos congressistas a decretarem o Tupi-Guarani como a língua nacional, no lugar do Português. Tachado como louco foi desacreditado por seus colegas e superiores, e muito custou aos seus parentes e amigos conseguirem um pedido de aposentadoria para finalmente sair do manicômio. Na segunda metade da história, Policarpo depois de uma conversa com sua sobrinha, resolve comprar um terreno no interior e recomeçar sua vida, mas sempre carregando suas ideias 'contraditórias'.
Em um dia atípico, Quaresma recebe a notícia pelo seu empregado Anastácio que estavam recrutando pessoas para defender a pátria de um suposto 'golpe'. Ouvindo isso ele resolve ir ajudar o então presidente Marechal Floriano Peixoto (Marechal de Ferro) e é recrutado como major na tropa que estava sendo formada. Por um triste acaso do destino o General Albernaz perde sua filha e fica desolado com o ocorrido, porém já era o começo do levante e sem saída colocam Policarpo no comando da tropa, caso que o deixou transtornado com tamanha responsabilidade. Na guerra ele se redescobre como uma outra pessoa e conta esse caso a sua irmã em uma carta; uma pessoa que segundo suas palavras "também descobriu sua FEROCIDADE" e por esse motivo não conseguia se perdoar.
Após esse período, Quaresma é convocado a ser comandante do Presídio da Ilha das Enxadas, onde estavam os marinheiros presos pós-combate. Nisso um homem de confiança do Marechal Floriano, manda fuzilar alguns prisoneiros, tal ação que contraí todos os princípios de Policarpo, fazendo com que o mesmo mande uma carta ao presidente criticando a matança desnecessária. Isso fez com que em dois dias nosso herói fosse preso com a acusação de alta traição e condenado a morte.
"... Policarpo Quaresma pereceu diante de um pelotão de fuzilamento, num alvorecer de céu plúmbeo." p(68)
Mais que um simples romance, Lima escreve uma crítica ferrenha aos conceitos positivistas da Primeira República, ao conceito de falso nacionalismo que era no Brasil. O mesmo desenvolveu um personagem icônico, o "verdadeiro brasileiro", que buscava um redescobrimento do país com aquilo que é seu de origem. Uma re-ligação da terra, dos costumes, do SER brasileiro, limpo de conceitos europeístas. A cara do Modernismo.
Nessa versão se mantém os traços originais da história, e a torna mais divertida ao leitor, por se tratar de uma HQ. Uma leitura rápida mas que faz com que o leitor reflita sobre a época e entenda de forma concreta as visões do autor e a mensagem que a história está destinada a trazer.
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