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19.6.15

[Entrevista] Giulia Paim



Oie Giulia.

Devo dizer que eu fiquei encantada com seu livro desde a primeira olhadela, foi amor a primeira vista e logo mais fui conferir a sinopse, que nos apresenta uma trama que promete altas risadas com uma boy band para lá de cativante - dado o número de fãs -, e depois disso só conseguia pensar "PRECISO DESSE LIVRO". Assim é um prazer poder conversar contigo e lhe dizer parabéns, você é uma ótima escritora, o que me leva as perguntas.

Você não sabe o quão boba e feliz eu fico sempre que vejo que alguém gostou do meu livro e da minha escrita! Muitíssimo obrigada, Agatha! 


A Ronnie é uma menina madura para a idade, uma vez que ela ajuda a mãe a cuidar da casa e da irmã, mas percebemos logo de cara que ela tem uma verdadeira aversão a boy bands. Mas a gente sabe que isso não se aplica a você, então pergunto, por que criar uma personagem que contradiz seu gosto pessoal?

Bom, a inspiração da Ronnie veio do vídeo que eu assisti do Felipe Neto, o "Vida de Garoto". Nele, Felipe critica de uma maneira cômica e exagerada a adoração das adolescentes atualmente por uma banda que ele acha ridícula. Fiz a Ronnie assim porque achei que tornaria a trama mais interessante e engraçada. E mesmo ela sendo madura, ela aprende lições valiosas com a convivência com a banda, o que não seria possível se ela fosse apaixonada por eles desde o começo.

Ainda falando sobre boy bands, você é jovem - tem quase a minha idade! - e isso me fez pensar, quais boy bands te inspiraram na criação de seus personagens? 

Pois é! E essa carinha de bebê sempre me rendeu alguns segundos a mais de desconfiança dos seguranças quando vou para festas... hehehe. 
Na verdade, não foram boybands que me inspiraram a criar a personalidade dos meninos. Acho que foram mais séries de comédia, livros e mangás (quadrinhos japoneses). O que eu gosto é que eles nunca tem um personagem "normal", eles sempre têm alguma característica que o difere dos outros, e adoro explorar isso, principalmente seu lado cômico. O Ryan, por exemplo, me veio a partir do personagem Joey Tribbiani, de "Friends".

E uma coisa que me chamou atenção, seu livro é ambientado nos EUA, não no Brasil mesmo você sendo brasileira, isso ocorreu por que os EUA é um ambiente mais realista para a vivência dos personagens?

Eu consegui ambientar lá melhor, sim, mas esse não foi o motivo original que me fez decidir que a história se passasse em Boston. Originalmente, a história se passava em Tóquio. Os meninos se chamavam "Tokyo Boys", hehe. Pois é, sabe os mangás que eu falei aqui em cima? Na época em que comecei a escrever estava no meu auge do vício nipônico! Mas depois que resolvi publicar a obra, imaginei que um livro se passando no Japão poderia não ter uma aceitação tão boa aqui no Brasil, pela maioria. Então comecei a pensar em outros lugares, cujo nome soasse bem. Então Boston me veio à cabeça. Fiquei repetindo para mim mesma: "Boston Boys. Boston Boys. Boston Boys", e achei a sonoridade perfeita. A partir daí, adaptei tudo do Japão para os Estados Unidos.

Como foi se tornar escritora tão jovem? Apesar de haver muitos escritores jovens aqui no Brasil, ainda sim é um desafio. Como você reagiu a isso?

Foi um sonho se realizando! Eu fico muito feliz por ser uma escritora jovem nessa época, porque sei que até alguns anos atrás, não só os autores brasileiros, mas os brasileiros jovens não eram levados a sério no mundo da literatura. Me sinto orgulhosa de mim mesma e dos meus outros colegas de profissão que compartilham dessas mesmas características, porque mesmo que seja difícil (e é MUITO difícil! rs), é uma paixão que eu gosto de correr atrás, eu gosto de me esforçar para que dê certo. Porque eu vejo o público jovem se interessando cada vez mais pela leitura, e isso me estimula a conquistar meu espaço sem desistir.

Como sua família reage a você ser escritora? Isso era um hobbie que se tornou algo mais sério ou você sempre sonhou em ser escritora?

Eles são meus maiores fãs! Me apoiam completamente! Sou abençoada por ter uma família que me apoia e acredita tanto no meu trabalho e na minha paixão. 
Eu dizia que queria ser escritora desde que comecei a fazer os primeiros rabiscos! Quando era pequena, gostava de criar meus próprios livrinhos a partir de dobraduras de papel, e já inventava minhas próprias histórias. Quando minha mãe me deu um computador (quer dizer, quando ela comprou um computador e me deixava usar de vez em quando), eu corria para o WordPad (que era como se fosse um Word, mas mais simples) e deixava minha imaginação fluir. Ah, e sempre usando uma cor diferente para as palavras. Minhas historinhas eram sempre cor-de-rosa, vermelhas, azuis, verdes... 

Como é quando você é reconhecida por um fã? 

Tenho que sair de óculos escuros senão os paparazzi já começam a me perseguir! Há, brincadeirinha. 
Isso aconteceu algumas vezes em eventos literários que eu fui, e é uma das sensações mais gratificantes do universo. Ver que alguém aprecia seu trabalho e te reconhece por isso é maravilhoso! Tenho vontade de guardar essas pessoas em um potinho e levar para casa! São todos muito queridos!

Você cursa Publicidade, quer seguir careira na área? Ou se dedicar a escrita? Ou quem sabe um pouco dos dois?

Vou ser sincera: Ainda não sei direito o que quero da vida, hahaha! Claro, eu adoraria tornar a escrita como profissão, mas sei que ainda terei que trabalhar muuuito para isso acontecer. Mas também adoro meu curso, então quero explorar essa carreira também. E claro, ainda há uma terceira possibilidade de carreira, que é a Disney me reconhecer como princesa. Ainda estou na torcida aqui. Vai que acontece, né? :P

O fim de seu livro deixa claro que haverá continuação... Você tem alguma previsão de lançamento ou algo que queira nos dizer sobre a sequência?

Sim, com certeza ano que vem já vou lançar! E tudo indica que será no início do ano, então mal posso esperar! Só posso dizer que estou doida para vocês conhecerem o novo personagem que fará parte da história, e vai causar muita, mas muita confusão! Nossa, fiquei parecendo o narrador da Sessão da Tarde agora, né? Mas deu para entender! 

E para finalizar, algo que eu sempre gosto de perguntar, algum conselho para jovens que queiram seguir carreira nesse mundo da escrita?

Meu conselho é: Corram atrás. Acreditem no seu próprio potencial, porque se eu consegui entrar nesse mercado, qualquer jovem que tenha paixão pela escrita vai conseguir também. É só não deixar que os "nãos" que a gente recebe na vida nos façam desistir. Nunca, jamais desistam. Se não conseguirem de primeira, tentem outra vez. Se não conseguirem de segunda, terceira, décima quinta, tentem outra vez! Esse é o momento dos jovens mostrarem seu grande potencial na literatura brasileira!

Obrigada por responder todas as perguntas e espero, sinceramente, que a cada dia mais e mais pessoas conheçam sua obra, que ela viaje mundo a fora e que tudo dê certo para ti. Mais uma vez, parabéns e estou ansiosíssima por mais e mais dos seus personagens!

Muito obrigada a você por todo o carinho e pelo interesse, querida! Te desejo todo o sucesso do mundo! :)

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2 comentários

  1. eu adorei essa entrevista! to doida pra ler o livro logo mas nunca encontro oportunidades dushuashaush :(
    tonsdeleitura.blogspot.com

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    1. Oie Lud.
      Eu também gostei bastante dessa entrevista menina! Espero que você encontre essa oportunidade logo!

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