controles do slide

4.6.16

[Resenha] Rebelde :: Amy Tintera

Rebelde - Reboot#1
Autora: Amy Tintera
Editora: Galera Record
Páginas: 352
Wren Connoly acreditou que seu lado humano tivesse ficado para trás no instante em que ela morreu... e voltou à vida como Reboot em surpreendentes 178 minutos. Com uma força extrema e treinada para ser o soldado perfeito, Wren precisou fugir da CRAH, Corporação de Repovoamento e Avanço Humano, para salvar Callum 22, o rapaz que lhe mostrou ser possível ter emoções, compaixão e até amor, sendo Reboot. Após terem escapado da CRAH, Wren e Callum estão prontos para recomeçar a vida em paz, na reserva Reboot. Mas Micah, o Reboot que comanda o local, tem planos malignos em mente: dizimar os humanos da Terra. Micah vem construindo um exército Reboot há anos, e finalmente está pronto para iniciar ataques às cidades. Agora que fugiram, Wren e Callum precisam decidir se ficam ao lado de Reboots ou se abandonam tudo e vivem longe da guerra. Aos poucos, os dois percebem que só há uma alternativa: precisam se tornar rebeldes.
Para aqueles que não estão familiarizados com o universo criado pela Amy Tintera recomendo a leitura da resenha de Reboot.

Rebelde, sequência e desfecho da duologia Reboot, tem sua estória iniciada a partir do ponto onde Reboot terminou, só que ao contrário do primeiro livro que teve como narradora apenas a Wren 178, nesse novo livro fiquei surpresa ao me deparar com ele sendo narrado também pelo Callum 22, em capítulos alternados, o que propiciou que eu tivesse empatia pelo 22, o entendesse melhor, e eu gostei do que vi, além do que, essa alternância de narrativas de vozes tão distintas deu mais profundidade a estória. 
‘‘Ele teve a mesma reação que todo mundo. Seus olhos se arregalaram. Ele ficou paralisado. Até naquele lugar o número de Wren gerava respeito extra. E essa reação sempre me surpreendia. Era como se ela não valesse nada sem aquele número.’’
 Wren 178 descobre que talvez, mesmo com a sua alta numeração, que refere-se aos minutos que ela ficou morta antes de se tornar uma reebot, ela tenha sentimentos, que ela pode sentir empatia pelo próximo e remorso e que ela pode ser altruísta e fazer sacrifícios. Wren é uma heroína muito forte e determinada e em algumas situações Tintera conseguiu passar vulnerabilidade a essa personagem badass o que eu achei muito bem aplicado e trouxe um pouco de suavidade a personagem ao fazê-la encarar essa jornada de auto descoberta sentimental.

Callum 22 deixa de ser aquele personagem que fazia piada para tudo e que as vezes chegava a ser um tanto ‘‘sem noção’’ ele amadureceu muito e finalmente se dá conta da situação catastrófica que a sociedade enfrenta, especialmente os de sua espécie e quando ele se vê posicionando-se como líder a ficha caí de que as coisas mudaram e que decisões precisam ser tomadas, por ele. Com Callum os reboots aprendem o significado de liderança e que isso está mais relacionado a ideais, estratégia e determinação do que a força física. Com Callum as crenças dos reboots são postas a prova e muitos redefinirão toda uma forma de pensar que lhes fora implantada pela CRAH (Corporação de Repovoamento e Avanço Humano).

Como o próprio nome dá a entender eles são rebeldes e integram um grupo grande que tem como objetivo realizar uma rebelião contra a CRAH que escraviza os reebots aproveitando tudo o que eles tem a oferecer e depois os exterminam sem dó nem piedade. Esse sistema simplesmente tem que acabar, Wren e Callum enfrentarão muitas situações horrendas para que isso ocorra e farão o possível para também deter Micah, um reboot com ideias extremistas com relação a aniquilação dos humanos e que possui um exército reboot como seguidor. O livro é repleto de ação e o romance fica como plano de fundo, mesmo que tenha um grande peso na estória, Rebelde aborda mais os sentimentos dos protagonistas do que o seu antecessor.

A série Reboot dá uma repaginada na premissa zomb criando um vírus que modifica/infecta o cérebro mas que no caso todos os humanos presumidamente já estão infectados e esse vírus mostra seu efeito após a morte, mas ao contrário dos zombis aos quais estamos acostumados, em Reboot eles tem consciência e não são seres movidos pela urgência de se alimentar – sujeito a exceções plausíveis.

Eu gostei da duologia, a estória criada por Amy Tintera mantem um bom ritmo ao longo da jornada da Wren. A obra mescla o previsível com o inovador de forma bem estruturada. Para quem gosta de distopias e ficção científica com alta dose de ação acho que irão aproveitar a leitura de Reboot e Rebelde, assim como eu.




comentários pelo facebook:

11 comentários

  1. Oi, como vai?

    Li resenhas boas do livro, todavia, nada boas sobre série Reboot; e como não sou muito fã de séries me pergunto se deveria ou não dar uma chance a série, mas Rebelde me parece interessante, por se tratar de uma história misteriosa e ao mesmo tempo romântica. Adorei sua resenha ficou muito boa. Obrigada pela dica!

    http://www.cristinadeutsch.org/
    Saudações literárias.
    Beijos no ♥

    ResponderExcluir
  2. Olá lindona.
    Gostei muito da resenha. Não conhecia nada dessa escritora.
    Vou ler em breve.
    Beijos.

    meumundosecreto

    ResponderExcluir
  3. olha, vou confessar que nunca tinha ouvido falar da duologia xD
    mas até que a premissa parece ser legal... vou anotar a dica e se tiver oportunidade, lerei.. espero gostar :D
    bjs...

    ResponderExcluir
  4. Já tinha visto a capa do primeiro livro por aí mas nunca parei para ler a sinopse e lendo a sua resenha me interessei bastante pela leitura da duologia, você me pareceu bem animada e satisfeita com o que leu. Espero conseguir ler pelo menos o primeiro ainda esse ano.

    bjs

    ResponderExcluir
  5. Ainda não conhecia esse livro, e gostei muito da sua resenha. Apesar de não estar habituada com esse gênero, me parece ser uma boa leitura
    Beijos

    http://blog-myselfhere.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Oiee, tudo bom? Amei sua resenha! Eu já tinha lido algumas sobre Reboot e me interessei bastante pela leitura, e bom saber que o segundo segue a mesma linha e não decepciona. Quero dar uma chance a essa duologia! :D
    Beijos

    ResponderExcluir
  7. Olá!
    O gênero é bem diferente do que estou acostumada, porém eu arriscaria pois gosto de livros que tem o ponto de vista dos personagens, não só de um, mas dos 2. Tua resenha ficou bem real, e gostei dos pontos que você citou.

    ResponderExcluir
  8. Olá,
    Não sou muito fã de distopias, então confesso que não me atrai muito a sinopse.
    Mas gostei da parte de envolver rebeldes que lutam por outro ideais.

    http://euinsisto.com.br

    ResponderExcluir
  9. Oi. tenho acompanhado algumas resenhas desse livro e acho um juvenil com o enredo criativo e inteligente. Como você pontuou no fim da resenha, inovadora. Um ponto que gostei é o fato de eles, os zombis, não serem movidos pela necessidade urgente de se alimentarem

    ResponderExcluir
  10. oi,tudo bem?
    essa série parece ser bem interessante, e gostei de saber que é uma duologia. Pensei que seria no mínimo trilogia
    beijos
    http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  11. Olá, não conhecia essa obra, achei interessante o enredo, mas confesso que no momento estou fugindo de distopias.

    Abraços

    ResponderExcluir

A sua opinião é muto importante para nós. Obrigada!
Os comentários do blog passam por moderação antes de serem publicados.

últimas resenhas