As Tumbas de Atuan - Ciclo Terramar #2
Autora: Ursula K. Le Guin
Quando Tenar é escolhida como suma sacerdotisa, tudo lhe é tirado: casa, família e até o nome. Com apenas 6 anos, ela passa a se chamar Arha e se torna guardiã das tenebrosas Tumbas de Atuan, um lugar sagrado para a obscura seita dos Inominados. Já adolescente, quando está aprendendo os caminhos do labirinto subterrâneo que é seu domínio, ela se depara com Ged, um mago que veio roubar um dos maiores tesouros das Tumbas: o Anel de Erreth-Akbe. Um homem que traz a luz para aquele local de eternas trevas, ele é um herege que não tem direito a misericórdia. Porém, sua magia e sua simplicidade começam a abrir os olhos de Arha para uma realidade que ela nunca fora levada a perceber e agora lhe resta decidir que fim terá seu prisioneiro. Finalista da Newbery Medal, que premia os melhores livros jovens de cada ano, As Tumbas de Atuan dá continuidade ao elogiado Ciclo Terramar com uma singela história que rompeu com os paradigmas de heroína quando foi lançada.
Olá, leitores =)
Pela experiência que tive no primeiro livro (clique aqui para ler a resenha), posso dizer que Ursula K. Le Guin não é uma típica escritora de fantasia. Ela não tenta te impressionar, mostrar o poder de seus personagens, ou criar uma trama cheia de reviravoltas. Sua fantasia é profunda, bem construída, plausível como se pudesse realmente existir, e trata mais de lições sutis do que toda aquela famosa ação e kame-hame-hás. Embora esses livros tenham sido escritos há muito tempo atrás, poderiam tranquilamente terem sido escritos atualmente, Então, esperando que isso se repetisse nesse segundo livro, respirei fundo e comecei: vamos lá Ursula, me surpreenda!
Essa arte do Ged e da Tenar <333 |
Até que um dia, enquanto andava nas Tumbas, Arha viu um homem, Ged. É aí que a história começa de verdade. Arha quer que o feiticeiro herege que invadiu a Tumba seja morto, mas mesmo assim, há algo curioso sobre ele.
Os dois entram em uma espécie de saga juntos. Arha, sendo sempre arrogante, mas ainda curiosa, o que a impedia de se livrar de um Ged mais gentil e poderoso do que no primeiro livro. Cria-se uma relação de interdependência e, apesar de ser um livro bem curto, Ursula explora isso com maestria. É um contraste lindo de se notar: Arha, que sempre foi superior aos outros, faltava em humildade e não tinha toda a experiência de Ged, que já tinha se encontrado com um Inominado em sua plena fúria, e aprendera muita coisa conhecendo pessoas e percorrendo Terramar. A relação é incrível e passa uma mensagem muito sutil que a autora expõe no posfácio.
Então, além de Ursula me surpreender, ela fez um trabalho ainda melhor do que no primeiro livro. As Tumbas de Atuan é uma história com mais foco, interligada por linhas finas e concretas ao primeiro livro que se revela muito importante na reta final, mais fluída e cativante.
Ah, eu já ia esquecer do posfácio. O posfácio! Ele é essencial, um fechamento para o livro que me deixou com um sorriso de orelha a orelha. Ursula foi incrível e totalmente inspiradora.
Publica mais, Arqueiroooo <3
Postado por: Layane Machado
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